FEZ COMO A FILHA: Sarney diz a prefeitos e vereadores que não concorrerá à reeleição


Na presença de seis prefeitos e 15 vereadores do Estado do Amapá, o senador José Sarney (PMDB-AP), respondendo a um repórter sobre a sua candidatura ao Senado, disse que está com a idade muito avançada e que, por essa razão, não deve concorrer à reeleição, segundo o jornalista Chico Terra.
A reunião aconteceu ontem, 8, no seu gabinete em Brasilia, e foi a primeira vez que o senador maranhense falou claramente sobre o assunto. Até então, ele vinha tergiversando em função da situação política do seu estado, ou seja, o Maranhão. No Amapá, como no Maranhão, o desgaste político da família tem causado muita dor de cabeça e insônia ao outrora todo-poderoso chefe oligarca.
Sarney deu essa declaração em meio a uma reunião com os prefeitos e vereadores amapaenses que tinha como pauta debater questões sobre mineração e energia do Estado. Mesmo sendo assuntos de vital importância para a economia dos municípios, o senador não conseguiu levar a Brasília nem a metade do número de prefeitos municipais – o Amapá tem 16 municípios. Fato que depõe quanto à capacidade do ex-presidente da República em resolver problemas locais.
Considerando que Sarney falou sobre o assunto na presença de tantas testemunhas e para um repórter de uma emissora pertencente a Gilvam Borges – aliado de primeira hora do senador no Amapá –, tudo indica que ele [Sarney] já tenha definido a estratégia política em relação às eleições de 2014 e aproveitou a reunião para por em andamento o plano, no qual, aparentemente, o AP não é a prioridade número 1.
O posicionamento de Sarney fez acender a luz amarela para o grupo que rodeia o senador no Amapá. Ele funciona com elo que une os políticos, que hoje estão na oposição ao Governo do Estado, que formalmente pertencem a partidos diferentes, mas que, na verdade, atuam conjuntamente na política estadual.
A saída de Sarney do jogo político, no Amapá, abre uma crise de comando de consequências imprevisíveis para o grupo acostumando a obedecer cegamente o velho cacique maranhense.


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