Mulher morre de parto em Hospital de Formosa e a denuncia envolve o governo municipal.


O fato ocorreu no dia 02 e chamou a atenção de populares que quiseram se revoltar na cidade de Formosa da Serra Negra e, repercutiu nas redes sociais e na imprensa do Estado do Maranhão. A família de Eudivanes de Sousa Lima depôs na delegacia de Grajaú após a mesma ter morrido de parto no Hospital de Formosa da Serra Negra, depois do ocorrido à família disse que populares quiseram atear fogo nas ambulâncias e no Hospital, pondo assim os médicos para se retirarem.

Segundo Eliane de Sousa Lima irmã da vítima, Eudivanes estava grávida de 09 meses e que no dia 02 de setembro terça-feira, a mesma sentiu cólicas sendo levada ao Hospital da cidade por volta das 07h00min da manhã, Eudivanes deu entrada no Hospital e permaneceu durante toda a manhã sem atendimento médico e, sentido dores disse sua irmã. Eliane afirmou para a polícia que o médico não compareceu, mas o prefeito Edmilson que também é médico atendeu Edvanes por volta do meio dia.

O médico prefeito realizou exames, ultrassom e disse para a mesma retornar ao Hospital somente às 15h00min que ele mesmo iria fazer a cirurgia. Ao retornar as 15h00min como foi marcado, a irmã da vítima disse que o médico e prefeito da cidade não estava mais no Hospital e muito menos no município, que ele teria ido para a inauguração de um comitê eleitoral na cidade de São Pedro dos Crentes, então a paciente foi atendida por uma médica de nome Maria Flávia J.N Machado. Este atendimento ocorreu por volta das 17h00min no final do dia, de acordo com Eliane a médica pediu para esperar um pouco enquanto, enquanto isso sua irmã sentia dores.

Na policia Eliane disse que a médica demorou um pouco para realizar os procedimentos, pois a mesma tinha saído até a prefeitura da cidade e só retornou ao Hospital após funcionários terem ido chamá-la, dizendo que a paciente Eudivanes estava com muitas dores. Depois que a sala de cirurgia foi preparada verificaram que o oxigênio estava fora da data de validade, a médica teria aplicado a anestesia e após a aplicação a paciente começou a passar mal declarou Eliane.

Durante este intervalo a técnica em enfermagem correu para pegar outro oxigênio e segundo Eliane ao ver o movimento perguntou o que estava acontecendo, a resposta que recebeu foi que estava tudo bem, que a paciente estava apenas sofrendo um problema por causa da anestesia. Foi neste exato momento que Eudivanes faleceu afirmou a irmã, moradores de Formosa da Serra Negra se revoltaram e queriam quebrar o Hospital e queimar as ambulâncias, os funcionários e médicos tiveram que se retirar do prédio, segundo Eliane toda a cúpula de médico saíram sem dar nenhuma explicação exata do que ocorreu.

O MP (Ministério Público Estadual) também já tem conhecimento do caso e, começou as investigações sobre o ocorrido na cidade de Formosa tendo em vista que esta não é a primeira vez que o MP denuncia a saúde do tal município. A redação do De Olho em Grajaú tentou contato com a prefeitura de Formosa no mesmo número em que há meses falamos com o Sec. de Administração, mas o telefone dá sinal de fora da área de serviço, a redação comunica que estamos aguardando qualquer nota de esclarecimento por parte do governo municipal sobre o ocorrido. De já disponibilizamos o e-mail pessoal da direção da redação, para supostos esclarecimentos; ddjjacyr22@hotmail.com

Veja outras denuncias formadas pelo MP contra a Saúde de Formosa.

Dois médicos de Formosa da Serra Negra (a 462 km de São Luís) foram denunciados à Justiça, em 28 de janeiro, pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), por não prestarem atendimento a um recém-nascido, em abril do ano passado, na Unidade Mista de Saúde Otávio Lima de Arruda, no município.
A Denúncia é subscrita pelos titulares das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça da Comarca de Grajaú, Carlos Róstão Martins Freitas e Rodrigo de Vasconcelos Ferro, respectivamente. O município de Formosa da Serra Negra é Termo Judiciário daquela Comarca.

SEM ATENDIMENTO
Os representantes do MPMA apuraram que, em 9 de abril do ano passado, a criança foi levada pelos pais, de volta à unidade mista onde havia nascido, apresentando dificuldade respiratória, febre alta, tosse e cianose (coloração azulada).
Os pais aguardaram seis horas e meia, sem que seu filho fosse atendido. Desesperados, os pais procuraram um dos denunciados – plantonista na unidade mista – na residência dele, porém já não estava no município. A falta de atendimento agravou seu quadro de saúde.
Somente por volta das 16h do mesmo dia, o segundo médico denunciado providenciou o encaminhamento da criança ao Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz.
Lá, o recém-nascido foi imediatamente internado na UTI. Um exame de ultrassom confirmou pneumonia, como resultado da não aspiração de líquidos após o nascimento. A criança ainda permaneceu internada até 11 de abril na UTI, até seu falecimento, por choque cardiogênico (queda de pressão arterial por falência do músculo cardíaco).

NEGLIGÊNCIA
De acordo com os promotores, ao dar entrada na unidade mista, a criança estava passando mal, necessitando de atendimento médico de emergência, porém os médicos denunciados não prestaram atendimento.
“Os dois médicos, de maneira nítida e evidentemente negligente, deixaram de proceder a medidas médicas, logo após o parto, além de não prestar o atendimento médico ao recém-nascido, no momento oportuno, diante da urgência que o caso exigia”, relatam os promotores, na Denúncia.
Ainda segundo os representantes do MPMA, o fato dos profissionais médicos não terem aspirado corretamente as vias respiratórias do recém-nascido logo após o parto, demonstra a clara inobservância do dever de cuidado e das regras e exigências técnicas da profissão pelos dois profissionais médicos.

PEDIDOS
Na Denúncia, os promotores Carlos Róstão e Rodrigo Ferro requerem que os médicos denunciados respondam, em 10 dias, por escrito, às acusações.
Eles também solicitam à diretoria da Unidade Mista de Saúde Otávio Lima de Arruda o encaminhamento dos nomes de todos os profissionais que atuaram naquela unidade de saúde, a partir das 00:00h do dia 09 de abril de 2013, período em que a criança não teve atendimento.
Outro pedido constante da Denúncia é a realização de perícia por dois médicos para avaliar as consequências da demora no atendimento ao recém-nascido e os procedimentos ocorridos logo após o parto.
O MPMA requer, ainda, que a Secretaria de Saúde de Formosa da Serra Negra informe a relação de todos os médicos que atuam na rede pública de saúde do município.

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