O caso do jornalista e blogueiro Décio Sá – executado
brutalmente em abril de 2012, reacendeu. Dois suspeitos pela morte de Décio vão
ficar frente a frente na Justiça.
O juiz titular da 6ª Vara Criminal,
Antônio Luiz de Silva Almeida, vai intimar o acusado de ser agenciador do
assassinato do jornalista e ex-empresário José Raimundo Sales Chaves júnior, o
“Júnior Bolinha”, para prestar depoimento no dia 22 de janeiro do próximo ano.
Bolinha vai ficar ‘cara a cara’ com o empresário e
dono da construtora Franere, Marcos Regadas, o Marcão. Também foram arrolados
no processo como testemunhas o deputado estadual Raimundo Cutrim e o promotor
Fernando Barreto.
A decisão do juiz foi em razão de um processo que Marcão move contra 4
jornalistas, que noticiaram a carta em que Júnior Bolinha acusa o empreiteiro
de participação no crime de Décio Sá.
Marcão Regadas ingressou na Justiça contra os jornalistas para que não
citasse mais seu nome em nenhuma matéria: seja favorável ou desfavorável.
Ocorre, que o juiz Antônio Luiz considerou a ação do empresário uma censura. E
disse:“impedir alguém de falar, não pode”.
A defesa do dono da Franere tentou impugnar a convocação das
testemunhas, mostrando uma certa preocupação. O juiz indeferiu o pedido de
impugnação, baseando-se na liberdade de expressão.
Agora o empresário Marcão Regadas vai ter que ouvir o que as testemunhas
terão para revelar sobre a verdade no assassinato do jornalista Décio Sá.