O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB)
exonerou todos os servidores comissionados da Fundação da Memória Republicana,
local que abriga um acervo de documentos, homenagens e presentes recebidos por
José Sarney no período em que foi presidente da República (1985-1990).
Com o corte dos funcionários, oficializado no dia
02 de janeiro por meio de decreto assinado por Flávio Dino, o "Museu
Sarney", como é conhecido, fechou suas portas nesta sexta-feira (16).
A presidente da instituição e ex-chefe da Casa
Civil no governo Roseana Sarney (PMDB), Anna Graziella Costa, em declaração ao
jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que não tem condições de
manter em funcionamento o local sem funcionários. Foram 48 servidores
contratados sem concurso público exonerados com uma só canetada. O museu é um
órgão ligado à Secretaria de Estado de Cultura.
Criada pelo próprio Sarney como entidade privada, a
fundação foi estatizada em 2011 por iniciativa da ex-governadora do Maranhão,
Roseana Sarney, filha do ex-presidente. Com a estatização, para ganhar ares de
"interesse público", a Fundação José Sarney mudou de nome, passando a
ser denominada de Fundação da Memória Republicana.
Situado no Convento das Mercês, construído no
século XVII, o "Museu Sarney" findou a semana com os portões
fechados. E nada indica que voltará a ser aberto. E se voltar, provavelmente
será com outro nome ou com outro conteúdo, já que a disputa política pela
memória no Maranhão está apenas começando.
Assunto este que será abordado em artigo específico
no Blog do Hugo Freitas.