O
prefeito de Coari, Igson Monteiro, afirmou, na manhã desta quinta-feira (15), acreditar
que o ato contra o patrimônio público da cidade foi gerado por "motivação
política". Nesta quarta, cerca de 400 pessoas depredaram pelo menos cinco
casas de políticos da cidade, além da sede da Câmara Municipal. Duas
residências, de propriedade do prefeito de foram incendiadas. Seis pessoas foram detidas. A Polícia Civil investiga o caso.
"Foi
vandalismo, não manifestação. A cidade de Coari amanheceu em uma situação
triste com a qual a população do município não concorda", afirmou. Igson
Monteiro assumiu a gestão municipal depois que o ex-prefeito Adail Pinheiro foi
preso acusado de chefiar uma rede de exploração sexual na cidade.
De acordo com a polícia, a manifestação teve início entre mototaxistas de associações da cidade. Eles queriam elevar o preço da corrida. No entanto, servidores municipais alegavam atrasos nos pagamentos de salários.
De acordo com a polícia, a manifestação teve início entre mototaxistas de associações da cidade. Eles queriam elevar o preço da corrida. No entanto, servidores municipais alegavam atrasos nos pagamentos de salários.
Sobre pagamentos, o prefeito afirmou que houve atraso de dez dias, mas
que 80% dos salários foram repassados, além de 50% do 13º dos funcionários
públicos. "Não foi uma manifestação. Se tivesse sido um movimento por
reivindicações trabalhistas, teria acontecido uma paralisação, coisa que não
tivemos", explicou.
O prefeito afirmou
ainda que pessoas que não prestam serviços para a prefeitura chegaram a vestir
fardas para se disfarçarem como servidores municipais. "Ex-secretários da
gestão anterior aparecem nas imagens coletadas pela polícia. São pessoas que
demiti porque não aceito exploração de menores de idade, e não aceitam
isso", contou.
Monteiro suspeita que um ex-secretário de Coari seja o responsável pelo
início do protesto. Segundo ele, os crimes são uma demonstração de que o
ex-prefeito da cidade não aceita a saída do cargo. "Quebrei todos os laços
com o prefeito do passado, e ele não aceita esse tipo de coisa. Mesmo preso,
quer mandar na cidade de Coari", disse o atual prefeito.
Investigações
Segundo o delegado de Coari, Luiz Fernandes, a Polícia Civil deu início, nesta quinta-feira (15), às investigações para identificar os responsáveis pelo crime. O delegado contou aoG1, que solicitou imagens de câmeras de segurança de postos de gasolina nas proximidades do local dos protestos. "Já temos algumas fotos e vídeos das pessoas que testemunharam as depredações e isso nos ajudará", disse.
Segundo o delegado de Coari, Luiz Fernandes, a Polícia Civil deu início, nesta quinta-feira (15), às investigações para identificar os responsáveis pelo crime. O delegado contou aoG1, que solicitou imagens de câmeras de segurança de postos de gasolina nas proximidades do local dos protestos. "Já temos algumas fotos e vídeos das pessoas que testemunharam as depredações e isso nos ajudará", disse.
Parte dos
manifestantes depredou a sede da Câmara Municipal e ateou fogo em duas casas
pertencentes ao prefeito interino da cidade. Sobre os crimes, o delegado
afirmou que diferentes penalidades serão aplicadas para cada um dos culpados.
"Vamos individualizar os crimes de forma que os responsáveis por estas
ações sejam indiciados especificamente com sua ação litigiosa", explicou
ele.