Com três advogados nomeados pelo estado que foram: Dr. Rômulo, Dr. Juarez e Dr. Junior, sentou-se nesta manhã de sexta-feira (17) no banco dos réus o jovem José Luis Ribeiro o “Zezim”. Sobre ele pesa o crime de assassinato do jovem José Carlos Melo, irmão da proprietária do Bar Pé de Manga Cinely Melo, o júri foi tranqüilo com a presença de parentes da vitima e durou menos de 06 horas de julgamento, no júri os familiares da vítima vieram todos, entre irmãos irmãs e cunhadas, do lado do acusado veio apenas a mãe dele, que sentou-se em um local humildemente recuada.
O crime ocorreu em dezembro de 2014 na madrugada de
domingo (14), na localidade BR 226 próximo ao antigo Clube Trevão. No julgamento
que começou as 07h15min da manhã, as testemunhas foram dando sua versão de
acordo com o que viram acontecer naquela madrugada de domingo (14) de dezembro
de 2014.
Deram depoimentos perante a justiça o segurança da
festa, o irmão da vitima, a proprietária da barraca de comida e o próprio acusado,
que confirmou segundo o Ministério Público o que as testemunhas já tinham dito,
com o depoimento de Zezim, os advogado de defesas viram que praticamente o
jovem alto se condenou, ou seja, confirmou ser culpado. Na medida em que ele
mesmo disse ter fincado a faca na vítima sem dar chances de defesas a ela.
Em sua esplanada dos fatos debatidos, o Ministério
Público na pessoa do Dr. Crystian Gonzalez Boucinhas, disse que: O acusado só confirmou
em sua fala o que as testemunhas já tinham dito, quando o mesmo teria falado
que desferiu a facada em José Carlos, sem dar chances de defesa. Promotor ainda
disse que o próprio acusado narrou, que no momento em que abordou a vitima
dizendo vamos resolver isso agora, no mesmo instante em que a vítima se
levantava o acusado deferiu a facada, o MP considerou que tudo foi muito rápido,
de um modo inesperado pela vítima e, segundo o promotor a vítima em momento
algum foi encontrada com arma, que o corpo foi levado e nada de arma foi encontrada
com a José Carlos. O motivo do crime foi devido uma rixa que ocorreu há um ano
atrás antes do crime relembrou o promotor de justiça.
Em sua fala o advogado de defesa Rômulo Orquiza,
declarou que os jurados iriam votar não pelo convencimento do promotor de
justiça, mas pelos princípios morais e éticos que cada jurado carrega e, que
cada um em casa possa dormir tranquilamente de acordo com a justiça julgada de
cada um. O advogado enfatizou que o réu agiu em legitima defesa, não por reação
da vítima, mas por se sentir todo instante ameaçado tendo em vista que a rixa
de um ano pode ter ocorrido ameaças como citou o acusado em seu depoimento, o
advogado declarou que a própria vitima se culpou quando demosntrou-se está ali para
que fosse julgado, para que se faça justiça em que ele pudesse pagar pelo crime
que cometeu.
Depois de ouvir atentamente cada um o Juiz Dr. Fernando
Jorge pediu a retirada da platéia por alguns minutos para a votação dos
jurados. Logo após a votação todos foram chamados de volta e de frente para o
juiz José Luis Ribeiro o “Zezim” ouviu a sentença.
Nos tramites da justiça de acordo com o pensamento lúcido
e com o depoimento de cada testemunha e do réu, o júri composto de 07 pessoas
representando a população da cidade, deu seu parecer. O juiz leu a sentença e
condenou José Luís Ribeiro a 12 anos de prisão em regime fechado por crime
qualificado, ficando por conta da justiça decidir onde será o cumprimento da
pena. A justiça ainda anunciou que o réu terá que pagar uma indenização de R$ 6.000
(seis mil reais) à família da vítima.
Em entrevista a este blog o advogado de defesa de
José Luís Rômulo Orquiza disse que: “O júri foi de forma positiva e que o condenado se dispôs a pagar pelo erro que ele
cometeu e a função do advogado mesmo que nomeados é promover justiça. Considero
uma decisão justa sensata e espera que outros julgamentos sejam justos como
este que ocorreu nesta sexta-feira (17)”. Declarou o advogado.
Rômulo falou sobre a indenização de R$ 6.000 (seis
mil reais) a ser pago à família da vítima pelo réu. De acordo com o advogado, a
legislação estipula essa pena de multa por causa do crime doloso contra a vítima,
que a intenção não é pagar a família da vítima pelo dano causado, mas, que o réu
possa pagar no momento em que o réu tiver possibilidade de pagar.
Em sua fala o representante do Ministério Público
Dr. Crystian Gonzalez disse que foi feito justiça e, que a versão dos autos foi
apresentada à justiça e aos jurados com intenção de fazer os jurados entender
que haveria a necessidade de justiça. Sobre o fato de José ter praticamente se
entregado em seu depoimento o promotor disse que; O acusado confessou, pois foi
um crime presenciado em via pública e que dificilmente ele não poderia
apresentar uma tese diferente e que a sua confissão só comprovou o que as
testemunhas traziam aos autos do processo, finalizou.
Em seu gabinete o Juiz da comarca de Grajaú Dr. Fernando
Jorge enfatizou que o júri foi feito na mais absoluta normalidade e que, todo
cuidado foi tomado para que ocorresse na maior tranqüilidade que o júri começou
sedo e terminou sedo. Sobre o valor da indenização o Juiz disse que a questão
das condições do réu foi avaliada e por isso este valor baixo foi citado,
segundo o juiz uma vida não vale seis mil reais e nenhum outro valor em
dinheiro, mas, isso não impede que os familiares da vítima busque a justiça cível
pedindo uma indenização criminal.
O Juiz falou da Semana Nacional do Júri, onde todo o
país está engajado nos crimes praticados contra as vidas, e que na vara de
Grajaú existiam apenas dois processos prontos para julgamentos que foram o de
um crime de 2006 onde nesse crime foi executado o jovem Mauro Messias Pereira e
que o acusado conhecido como “Derlan” foi absolvido. E este crime de dezembro
de 2014, onde José Luís teria executado José Carlos, de acordo com Dr. Fernando
os processos foram julgados definitivamente de acordo com a justiça de primeiro
grau.
Dr. Fernando disse que a agilidade nestes processos
é para que a população reconheça que a justiça trabalha e trabalha na lei, ele
disse que o processo desta sexta-feira (17) é um crime que não tem recurso, já
o de 2006 a policia terminou seus trabalhos em 2008 o MP concluiu também em
2008 e foi julgado, mas teve recurso onde o MP recorreu e por isso teve uma
demora.
Dr. Fernando disse que a justiça trabalha com seus
recursos e finalizou que essa aceleração dos processos na Semana Nacional do
Júri ocorre em todo o país e, que tudo isso é em prol da sociedade de Grajaú
para que ambos vejam que a justiça prevalece, finalizou.
O irmão da vítima Antonio Carlos Melo, concedeu
entrevistas ao De Olho em Grajaú. Disse que estava feliz satisfeito em nome da família,
pois ele foi um dos que mais sofreu e ainda sofre com a perca do irmão “Gêmeo”
José Carlos Melo, mas que agora está satisfeito que a pena de 12 anos já é o
suficiente para pagar pelo crime que foi cometido. Ele disse que seu irmão não
será trazido de volta, mas já que houve essa sentença pelo menos ameniza a dor
que todos sentiam e sentem que isso é uma sensação de que a justiça cumpriu sua
parte.