Um jovem de 16 anos natural de Barra do Corda, identificado como
Vinicíus Cordeiro Carvalheiro que estava internado no Hospital Dr Tarquínio
Lopes, o mesmo Hospital Geral ou Hospital do Câncer faleceu na manhã desta
sexta-feira (10), após ser vítima de negligência do Hemomar e da secretaria de
Estado da Saúde.
O jovem lutava contra a vida desde o ano
passado, quando foi internado em novembro diagnosticado com leucemia aguda,
comum entre jovens dessa idade.
Foram sete meses de luta, de apelo da
família que não obteve nenhuma resposta dos órgãos competentes. Na última
terça-feira o jovem foi novamente internado, mas desta vez em estado grave com
as taxas de plaquetas muito abaixo do normal.
O garoto necessitava de sete bolsas de
plaquetas para se manter vivo. Diante disto, um dia após a internação, na
quarta-feira, o pai se deslocou de Barra do Corda com seis pessoas as 4h da
manhã que se prontificaram a fazer a doação.
Ao chegar no Hemocentro, o pai, dois
policiais militares, o filho mais velho e uma funcionária da secretaria de
saúde da cidade de Barra do Corda, foram informados por uma enfermeira que é
responsável pelo procedimento e um plantonista que não poderiam fazer a doação.
O pai denuncia ainda a forma agressiva
em foram tratados pela profissional. Ela teria dito que não era apenas o filho
dele que precisava da doação e que ele teria que esperar.
O pai não aceitou o fato de ter se
deslocado de Barra do Corda com mais seis pessoas e não poder fazer a doação,
sendo informados que não havia nenhum tipo de solicitação feita pelo hospital
para doação de plaquetas à vítima e que a família teria que entrar em contato
com a direção do hospital.
O homem entrou em contato com a esposa
que estava no hospital e pediu que ela tentasse resolver a situação. Ao dirigir-se
ao laboratório do Hospital Geral, a mulher foi informada que a situação estava
sob controle e que as plaquetas seriam disponibilizadas a Vinicius.
Na tarde de quarta-feira, por volta das
15h30, chegou na sala do jovem apenas uma bolsa de plaquetas, sendo que ele
precisava de sete para se manter vivo.
Ontem o pai gravou um vídeo apelando ao
secretário de saúde Marcos Pacheco que o ajudasse a contornar a situação e
salvasse a vida do seu filho, mas de nada adiantou.
Na manhã de hoje, a família foi informada
que o jovem não resistiu tendo ido a óbito. Aqui fica mais um registro do
descaso de profissionais da saúde que não se preocupam e fazem “corpo
mole” quando a questão é salvar a vida do próximo. A vida de um jovem de
16 anos interrompida e uma família desconsolada.