Índios em greve de fome no Maranhão e dormindo sobre as calçadas do Palácio dos Leões.


Pela primeira vez no Maranhão, talvez no Brasil, uma cena choca e comove a quem assiste nas proximidades do Palácio dos Leões (Governo do Estado) e Palácio La Ravardiére (Prefeitura de São Luís) dezenas de lideranças indígenas de tribos jogadas, dormindo nas lajotas duras e quebradas das calçadas, sem comida, água e falta de atenção do poder público.

Uma cena envergonha o Maranhão e sua gente com dezenas de lideranças indígenas acordando acorrentadas, sem nada na barriga, sem água pra banhar, como se fossem um amontoado de bichos ou mendigos.

Em seguida, lá estão eles acorrentados, feito escravos da própria sorte, clamando por Justiça, implorando que o novo governo cumpra o que foi prometido: escolas dignas, transporte escolar, material didático, contratação de diretores, vigilantes e merendeiras, ativação do Conselho Indígena de Educação, conforme foi solicitado pelo Ministério Público Federal.

Índio não quer apito e nem dinheiro. Índio que reconhecimento das escolas indígenas, construção de ginásio poliesportivo por região, habitação a agricultura familiar e outros programa do Mais IDH. Nada mais que isso. Quer ser reconhecido como gente. Aliás, gente que já estava aqui antes da gente.

Faz mais de uma semana em que eles acamparam na porta do Palácio dos Leões, onde foram recebidos pelo secretário de Articulação Política, Márcio Jerry, com discursos de promessas não cumpridas. Desconfiados do falatório do secretário, os índios permaneceram no mesmo lugar.

No dia seguinte, nesta semana, eles foram expulsos do local pela polícia de Flávio Dino e um deles, que teria sido levado por um policial, sumiu e até agora ninguém sabe do seu paradeiro. A polícia aumentou seu efetivo com medos dos índios desarmados, apenas com as flechas da esperança no coração.

Hoje, pela manhã, um grupo rumou até ao Sítio do Rangedor e ocupou as galerias da Assembleia Legislativa. Novamente voltaram a se acorrentar, mas não foram recebidos por fuzis e não estão sendo incomodados, diferentemente do tratamento que tiveram no Palácio dos Leões.

Também, pudera, o próprio governador Flávio Dino achou um meio para não atender aos apelos dos índios que não querem pagamentos atrasados e muito menos dinheiros, tão somente atenção para o setor de educação das tribos.

Veja os argumentos usados pelo governador, numa demonstração clara de desprezo por seus antepassados.

Fonte: Luís Cardoso

PONTO DE VISTA DO DE OLHO EM GRAJAÚ.

O De Olho em Grajaú ver os argumentos do governador não como desprezo, mas, sim como verdadeiros, pois um só empresário levar 50 milhões dos cofres públicos do Estado é, deixar de fazer muito pelo Maranhão e aplicar em duas ou uma só pessoa.


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