A presidenta Dilma Rousseff chega ao
Maranhão nesta segunda-feira (10) com dois compromissos na agenda. Ao lado do
governador Flávio Dino, participa da inauguração da primeira etapa do Terminal
de Grãos do Maranhão (Tegram) e faz a entrega de imóveis do programa Minha Casa
Minha Vida, no Residencial Santo Antônio, no Maracanã, com a presença também do
prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior.
Neste domingo (9), o
secretário-executivo de Portos da Presidência da República, Guilherme Penin
Santos de Lima, e o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária
(Emap), Ted Lago, concederam entrevista coletiva à imprensa para tratar sobre
visita da presidenta Dilma Rousseff a São Luís.
O secretário-executivo de Portos,
Guilherme Penin, afirmou que o grau de automação dos equipamentos de carga e
descarga ferroviária e rodoviária do Tegram o coloca entre os terminais mais
modernos do mundo com capacidade de movimentar até 750 toneladas por hora.
Penin destacou a condição estratégica do Porto Itaqui para exportação de
produtos brasileiros. “O Tegram, com uma ferrovia moderna como é a Norte Sul,
ligada à Carajás, é uma solução logística muito eficiente, rápida e barata
quando o assunto é escoamento de grãos. E a profundidade natural que tem o
Porto do Itaqui também é um privilégio. Tem tudo para ser um dos mais
importantes do Brasil”, afirmou.
Guilherme Penin disse que o terminal de
grãos é apenas o início da colocação do porto maranhense entre os mais
importantes para o escoamento da produção nacional para mercados
internacionais. O próximo passo deverá ser atingir o mercado internacional com
a exportação da produção de carne suína e bovina com a viabilização de
frigoríficos.
A vinda da presidenta Dilma Rousseff ao
Maranhão reforça o alinhamento entre os governos Estadual e Federal, que
enxergam no investimento para movimentação de cargas no Itaqui uma das
principais estratégias para o desenvolvimento da economia do país e do estado.
“Nossa meta é adequar o Porto ao seu real potencial, modernizando sua estrutura
e preparando-o para ser a principal porta de entrada do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. Todas essas questões são de extrema importância para o
desenvolvimento da economia e para melhorar os indicadores sociais do Estado”,
afirmou o governador Flávio Dino.
Apesar de a inauguração ocorrer somente
nesta segunda, o Tegram começou a operar em março com carregamentos de soja, e
já batendo recordes. De meados de março ao início de julho, já embarcou 1,4
milhão de toneladas de soja em mais de 20 navios. Este volume, em apenas quatro
meses, representa mais da metade do previsto inicialmente para este primeiro
ano de operação. Em julho o terminal começou a operar também com carregamentos
de milho.
“O Tegram atenderá às demandas geradas
pela produção de celulose no interior do Maranhão, bem como a expansão da
fronteira agrícola da região do MATOPIBA (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí
e Bahia). É importante frisar que o incentivo chega também ao pequeno
produtor”, afirmou Ted Lago.
Também como parte da agenda
presidencial serão entregues na segunda-feira (10) imóveis do Minha Casa, Minha
Vida. A entrega é parte de uma parceria estruturante que envolve os três entes
federados: o governo federal que garantiu o recurso para essas obras, a
Prefeitura de São Luís trabalhando o lado social e o cadastro, e o Governo do
Estado, responsável pelo incremento na infraestrutura no entorno do
empreendimento e também pelo financiamento e construção de equipamentos
públicos.
O secretário de Estado de Assuntos
Políticos e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, explica que a entrega beneficia
a milhares de famílias maranhenses. “O governador Flávio Dino, em nome do povo
do Maranhão, já antecipou às boas-vindas à presidenta e agradecerá a ela os
investimentos feitos em nosso estado e, naturalmente, renovará pedidos e
pleitos para que mais investimentos do Governo Federal possam estar sendo
aplicados aqui no Maranhão”, explicou Jerry.
Sobre o Tegram
O Terminal de Grãos do Maranhão
(Tegram) é um projeto estruturante que contempla a infraestrutura do Porto do
Itaqui para recepção de grãos com o compartilhamento dos berços 103 e 100, na
primeira e segunda fase, respectivamente. Sendo um consórcio formado pela CGG
Trading, Glencore, NovaAgri (do fundo Pátria) e o Consórcio Crescimento
(formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities e pela Amaggi), o Tegram conta
com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos. O
terminal tem a perspectiva de equilibrar o escoamento da produção, em relação à
logística atual centralizada nos portos do Sul-Sudeste.
Com quatro armazéns, o Terminal tem
capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil
toneladas cada) e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas ao ano;
outros 5 milhões de toneladas serão acrescidos na segunda fase, quando o
terminal terá mais um berço para atracação, com previsão de operar em 2017.