Há 70 dias de greve, população sofre com a falta de atendimento do INSS


 A greve dos servidores do INSS já dura 70 dias em todo o país e não tem previsão para terminar. Outras rodadas de negociação com o Governo Federal estão previstas para esta semana. No Maranhão, três agências estão funcionando para atendimento do público, mas mesmo assim quem busca atendimento muitas vezes tem que voltar para a casa. É o caso de Antônio de Almeida Filho, de 54 anos, que foi à agência da Cohab, na capital maranhense, nesta quarta-feira (16) solicitar um auxílio-saúde. 

Ele precisa fazer uma cirurgia no joelho e está com dificuldade de andar. “Minha perícia estava marcada para o dia 14 de agosto, mas foi reagendada porque o médico não compareceu. Acho que por causa da greve. Eu vou operar o joelho, então vir para cá é um incômodo”, contou. Esaú Batista Neto, de 52 anos, também já foi cinco vezes na Previdência Social para fazer uma perícia médica e não conseguiu. Para ele, o atendimento está completamente comprometido. “Acho que eles pararam 100%”, disse.

 Segundo dados do Ministério da Previdência Social, desde o início da greve foram agendadas 27.669 perícias médicas em todo o país, porém, apenas 11.024 (39,84%) foram realizadas. Para Joanilde Pires Pereira, diretora de Comunicação do Sintsprev-MA, será necessário cerca de um ano para colocar em dia todos os processos que deixaram de ser atendidos durante a greve. “Isso porque também serão atendidas as pessoas que vão procurar na época e as que não foram atendidas durante a greve”, disse. 

Negociação No início da greve no dia 7 de julho, os servidores do INSS queriam um reajuste salarial de 27,5 % imediato, com aumento gradual nos próximos quatro anos. Porém,com os recentes cortes anunciados pelo Governo Federal, a proposta não foi aceita. Uma das medidas, inclusive, trata do adiamento dos reajuste dos servidores. “Eles propuseram um reajuste de 21% em 

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