Conforme publicado com exclusividade na
tarde de ontem (8), no Blog do Luís Cardoso sobre uma equipe de saúde que
estava mantida refém em uma aldeia indígena na cidade de Itaipava do
Grajaú, o blog foi informado agora pela manhã que a equipe de profissionais da
saúde ainda permanece sequestrada na aldeia, mas até agora nenhuma medida foi
tomada por parte das autoridades.
No local desde ontem haviam duas equipes
de profissionais da saúde, tendo uma delas conseguido fugir. Composta por um
motorista, um médico do programa Mais Médicos, uma enfermeira, uma técnica de
enfermagem, uma dentista e uma auxiliar bucal. Eles foram avisados por uma
enfermeira que conseguiu escapar que já havia uma equipe presa em poder dos
índios.
A enfermeira só escapou por ser mãe de
uma criança de colo.
Os reféns são mantidos sem água e comida
desde ontem, tudo para forçar DSEI a atender suas exigências que até o momento
são desconhecidas
Entretanto, a falta de negociação já é
antiga, já que a equipe mantida refém não visitava a área há mais de duas
semanas ante a ameaça de “sequestro”, situação comunicada aos superiores que
nada fizeram além de determinar o retorno da equipe à zona de risco, enviando
junto com ela outra equipe de saúde.
Apesar do risco da situação e do
conhecimento do coordenador da área, Sr. Alexandre, nenhuma medida fora tomada
e ninguém do Estado foi avisado sobre o ocorrido. Muito menos solicitada a
presença da Polícia Federal.
O que se sabe é que a equipe que
conseguiu fugir das garras indígenas, se socorreu da polícia local de
Itaipava do Grajaú, onde obteve guarida, mas sem solução para os colegas
que permanecem cativos.
Isto porque as policias estaduais,
Militar e Civil não possuem autorização para adentrar na área indígena, função
exclusiva exercida pela Polícia Federal.
Os
reféns esperam um posicionamento da Funasa e dos órgãos competentes para que
algo possa ser feito o mais rápido possível.