O Maranhão é o oitavo
estado do Brasil que mais registrou casos de suspeitas de microcefalia
relacionada ao Zika vírus em 2015, com 88 notificações em 30 cidades
maranhenses. Os dados são do novo boletim do Ministério da Saúde, divulgado
nesta terça-feira (22), que apontam ainda 2.782 casos em 618 cidades de 19
Estados e do Distrito Federal.
Conforme os dados do
Ministério da Saúde, o estado, que até a última semana havia registrado apenas
56 casos suspeitos, superou o Rio de Janeiro, que registrou 82 casos. O boletim
confirma que uma morte de bebê possivelmente relacionada ao vírus, em São José
de Ribamar, cidade que compõe a região metropolitana de São Luís (MA).
No entanto, a
Secretaria de Estado da Saúde (SES) contesta os dados do governo federal e
esclarece que foram registrados apenas 83 casos em 40 cidades, segundo nova
atualização do governo do Maranhão sobre número de casos de microcefalia no
estado. Em nota enviada ao (veja abaixo), a SES informou que o boletim do
Ministério da Saúde levou em consideração um caso do município de Dom Eliseu no
Estado do Pará, que ainda configurava nos dados do Maranhão, assim como sete
casos que já foram descartados.
Em relação à quantidade
de municípios informados, a SES destaca que foi um erro de digitação do
Ministério da Saúde, já que a secretaria informou a quantidade de 40
municípios. Ainda de acordo com a nota, o Centro de Informações Estratégicas em
Vigilância em Saúde (Cievs) da SES enviou uma nova atualização ao MS. Além do
Maranhão, os estados com maior incidência de microcefalia são Pernambuco
(1031), Paraíba (429), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (136),
Ceará (127), Alagoas (114), Maranhão (83) Rio de Janeiro (82) e Mato Grosso
(78). Completam a lista de estados: Tocantins (58), Minas Gerais (52), Piauí
(51), Goiás (40), Pará (32), Espírito Santo (18), Distrito Federal (11), São
Paulo (6), Mato Grosso do Sul (3) e Rio Grande do Sul (1). NOTA A Secretaria de
Estado da Saúde (SES) informa que o Maranhão possui neste momento 83 casos de
microcefalia confirmados.
O Ministério da Saúde
(MS) divulgou 88 pelas seguintes razões: O Centro de Informações Estratégicas
em Vigilância em Saúde (Cievs) da SES repassou os números para o MS ontem (21).
No levantamento um caso do município de Dom Eliseu no Estado do Pará ainda
configurava nos dados do Maranhão, pois a criança nasceu aqui no Estado, mas
era da cidade paraense e ontem ficou decidido junto ao MS que esse caso deveria
constar apenas nas estatísticas do Pará.
Para o MS, o Cievs
informa até os casos descartados, que aqui no Estado são sete. Para a imprensa
são informados apenas os casos confirmados. Dessa forma, tem-se: 88 casos
informados ontem (21), menos um caso de Dom Eliseu (PA) e menos sete que já
foram descartados, chegando a um total de 80 que foram informados no boletim de
ontem. Hoje mais três casos entraram na estatística. Portanto hoje (22) são 83
casos de microcefalia. Já em relação à quantidade de municípios informados, a
SES destaca que foi um erro de digitação do MS, já que a secretaria informou a
quantidade de 40 municípios.
Capital lidera casos
São Luís teve registro de 21 casos (26,25% do total do estado). Em Buriticupu
(região oeste do estado) seis casos foram confirmados. Imperatriz e São José de
Ribamar, município da região metropolitana de São Luís, cinco crianças tiveram
confirmação de microcefalia. O relatório aponta ainda ocorrências nas cidades
de Coroatá (três casos), Santa Inês (dois casos), São João dos Patos (dois
casos), Timon (dois casos), Dom Pedro (dois casos), Presidente Dutra (dois
casos), Paraibano (dois casos) e Barra do Corda (três casos).
Fazem parte dos
municípios com registros de casos de microcefalia as cidades de: Açailândia,
Aldeia Altas, Axixá, Buritinara, Campestre, Caxias, Chapadinha, Codó,
Davinópolis, Esperantinópolis, Grajaú, Humberto de Campos, João Lisboa, Loreto, Mata Roma, Miranda, Pedreiras,
Pio XII, Santa Rita, Santo Antônio dos Lopes, São Domingos do Azeitão, São
Francisco do Brejão, Senador La Roque, Trizidela do Vale, Turiaçu, Urbano
Santos e Viana.
Fonte: André Gomes