Quase 80 pessoas foram presas ano passado, como resultados de
ações coordenadas pelo Departamento de Combate a Roubo às Instituições
Financeiras, órgão da Superintendência Especial de Investigação Criminal
(DCRIF/Seic).
Além das prisões, a Polícia Civil apreendeu 159 bananas de
dinamite e outros explosivos que seriam utilizadas em ações criminosas, segundo
o delegado Luís Jorge, titular do DCRIF.
“Executamos operações específicas contra assaltos a bancos e temos
conseguido frustrar investidas desarticulando grandes quadrilhas”, explicou o
delegado. Ao todo, foram realizadas 78 prisões, sendo 31 em flagrante e 10 por
associação criminosa.
O delegado ressalta que o trabalho no combate a este crime foi
intensificado e incluem também abordagens em pontos estratégicos, monitoramento
de grupos e pessoas suspeitas e orientação na segurança das instituições
bancárias.
Os explosivos estão na lista de material apreendido, e é uma das
preocupações da polícia. Dos 14 casos registrados este mês, oito foram com uso
deste tipo de material.
O armazenamento destes produtos sem a devida segurança tem
facilitado o roubo pelas quadrilhas, o que potencializa a ação criminosa às
agências, avalia o titular da DCRIF.
“É um material de grande poder de destruição e que tem caído em
mãos erradas. O explosivo garante mais chances de ação aos criminosos. Os
comerciantes devem estar atentos e colaborar com a polícia nesse sentido”,
destaca Luís Jorge. Em reunião com representantes bancários, o delegado solicitou
mais medidas de segurança nas agências e apresentou planejamento policial de
combate aos casos.
Luís Jorge avaliou que grande parte destes estabelecimentos nos
interiores não possui itens básicos de segurança como alarme, câmeras e portas
giratórias. Há casos em que existem, mas não estão funcionando fazendo das
agências alvos fáceis de criminosos. “Estes equipamentos dificultam a ação dos
suspeitos, podendo até evitar ocorrências”, diz.
Entre as estratégias de ação da Polícia Civil está o monitoramento
aos suspeitos e quadrilhas especializadas; abordagens a pontos específicos; e
orientação a gerentes das instituições e comerciantes de material explosivo. As
operações resultaram na prisão de chefes, desarticulação das organizações
frustrando o crime e apreensões de armas e materiais.
2016
Ainda como resultado das operações da polícia, na primeira
quinzena deste mês foram presas 15 pessoas suspeitas de integrar quadrilhas
especializadas, sendo 10 prisões em flagrante - duas confirmadas por
associação criminosa.
A apreensão de pistolas, espingardas e submetralhadoras, esta
última, arma de grosso calibre; a elaboração de cinco inquéritos policiais; e
apreensão de sete veículos, incluindo um caminhão para carga pesada, se somam
aos resultados alcançados nas ações da Polícia Civil contra este crime.
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