Vinte e quatro horas de suspensão do
movimento grevista dos Policiais Civis foi o tempo imposto ontem (16.06.2016)
pelo Governo Flavio Dino para que sua equipe pudesse elaborar uma nova proposta
que fosse apreciada pelos Policiais Civis Maranhenses, de modo que, o Governo
teria que fazer em vinte e quatro horas o que não fizera em nove meses.
Nove meses fora
o tempo transcorrido da finalização da ultima greve em 2015 até o presente
momento reivindicatório, ocorre que o movimento de 2015 se dissolveu com a
promessa de que Flavio Dino resolveria as questões da pauta em 2016, embora a
promessa tivesse sido embatida por uma grande numero de Policiais em uma
assembleia muito tumultuada, por onde o movimento se dividiu em torno de quatro
propostas, contudo ao final a promessa de Flavio Dino acabou vencendo as demais
por uma pequena diferença de 12 votos.
Acontece que a
atual conjuntura já era previsível, uma vez que desde o movimento anterior
Flavio Dino já havia se demonstrado amargurado com o seu romance com o
Sinpol-MA, o qual havia advindo do período de sua disputa eleitoral pelo atual
pleito, todavia cada vez mais envolvido na defesa da Presidenta Dilma contra o
impeachment, se absteve de cuidar como havia prometido desta demanda, que por
ele mesmo foi criada, com o locupletamento bondoso tão somente nos
contracheques dos Delegados.
Entretanto a proposta Governamental que
aportou na assembleia dos Policiais Civis foi considerada pelos próprios
Policiais como; humilhante e desrespeitosa, embora tal proposta estivesse sido
muito bem detalhada pelo Escrivão de Policia; Natanael Nascimento da Silva; que
faz parte da comissão de negociação, tendo inclusive o mesmo se despontado como
se fosse um notável economista, dissertou inclusive sobre toda conjuntura
orçamentaria da Administração Estatal, o que de certa forma foi saudável, no
sentido de nortear novos encaminhamentos.
Contudo era
visível quase que na totalidade dos Policiais presentes na assembleia um
repudio imensurável a proposta ofertada pelo Governo. Em cenários dessa
natureza dificilmente se desponta uma possibilidade urbana de aceitabilidade de
qualquer proposta que não se aproxime dos anseios reivindicados.
A proposta
governamental apresentada pela comissão foi incomensuravelmente massacrada pela
maioria dos Policiais. Amon Jessen foi o primeiro pela ordem de manifesto, em
suas palavras desaprovou a proposta governamental e muito emocionado propôs que
os Policiais doassem fortuitamente os ganhos propostos pelo Governo aos
Delegados.
Diante desse desfecho triste e
decepcionante os Policiais Civis encerram sua assembleia não acatando a
proposta Governamental reiterando por unanimidade a greve por tempo
indeterminado.
Obviamente, que
caberá agora, unicamente a Flavio Dino tomar a frente pessoalmente das
negociações sob as penas das consequências para a Segurança Publica do Estado
do Maranhão.