Quase sem nenhuma
função, o secretário de Governo, Antônio Nunes, criou uma atividade que vem
causando mal-estar dentro da gestão dos comunistas: o de espião do governador
para informar ao chefe do Executivo o que funciona ou não.
Nunca foram revelados os reais motivos de Nunes ser exonerado do
Detran, onde teve uma passagem conturbada, levando, inclusive, a Justiça a
derrubar liminarmente contratos sem licitações, além de favorecimento a
contratos com escritórios de amigos.
Assim que assumiu o cargo de secretário
de Governo, Antônio Nunes deu a entender que havia sido convocado por Flávio
Dino para uma missão maior: ficar ao lado do chefe para cuidar de tudo, como se
fosse uma espécie de promoção. Uma promoção pra baixo, até porque no Detran tem
dinheiro e na pasta de Governo, só papel.
Para mostrar eficiência ao chefe, cortou
as gratificações da maioria dos servidores do Palácio dos Leões e, agora por
último, age como fiscal. Fica vasculhando os serviços de outras pastas e corre
para contar ao governador.
Vários secretários já se mostram
insatisfeitos com o espião do governo, mas como Nunes e Flávio são amigos de
décadas, impossível alguém ter a coragem de pedir a cabeça dele. Exceto Mário
Jerry, a quem Nunes finge que não olha o que vem acontecendo.
Fonte: Luis Cardoso