Os últimos dias que antecedem o primeiro
turno da eleição para governador do Maranhão promete intensa mobilização nos
comitês de campanha dos principais candidatos com objetivos distintos. Aliados
do governador Carlos Brandão (PSB) apostam na intensificação da campanha e
acreditam na possibilidade de vitória logo no primeiro turno, embora as
pesquisas sinalizem tendência de segundo turno e indefinição sobre quem
disputará com ele.
As mais recentes pesquisas do
IPEC e Escutec apontaram a presença garantida de Brandão no segundo turno e uma
briga acirrada pela segunda colocação entre os candidatos Weverton Rocha (PDT)
e Lahesio Bonfim (PSC), com o pedetista apresentando forte tendência de queda,
enquanto o prefeito de São Pedro dos Crentes, de forma surpreendente, subindo
cada vez na preferência do eleitorado. Os dois estariam tecnicamente empatados.
O ex-prefeito de São Luís,
Edivaldo Holanda Junior (PSD), que aparece nas duas sondagens em quarto lugar,
segundo seus assessores, continua muito confiante em sua passagem para o
segundo turno e vai aproveitar os últimos dias que antecedem o pleito para
intensificar a campanha em São Luís, maior colégio eleitoral do estado e seu
principal reduto. Edivaldo esperar conseguir na capital uma excelente votação que
lhe permita compensar a falta de estrutura da campanha em alguns municípios.
Nos bastidores da sucessão
estadual é voz correntes que estes últimos dias serão tensão entre os quatro
principais concorrentes. Brandão pretende redobrar os esforços para tentar
vencer a eleição no logo no primeiro turno, enquanto Weverton deve tentar
reverter a tendência de derretimento da candidatura, que começou como favorita,
não conseguiu se sustentar e agora corre sério risco de ser ultrapassado por
Lahesio ou até mesmo Edivaldo.
Todos os levantamentos
realizados até agora, dos mais diferentes institutos, indicam que a disputa
pelo governo do Maranhão, embora conte com nove candidatos, apenas Brandão,
Weverton, Lahesio e Edivaldo estão efetivamente no páreo; os cinco candidatos
restantes: Simplício Araújo (SD), Enilton Rodrigues (PSOL), Joás (DC), Frankle
(PCB) e Hertz Dias (PSTU) usam a corrida eleitoral apenas para marcar posições.
Na reta final, a tensão toma
conta principalmente do comitê de campanha de Weverton, o candidato que se
lançou montado num foguete, mostrando poderio político, financeiro e
arrogância, mas que não empolgou e corre sério risco de não passar para o
segundo turno e vê o futuro político comprometido para 2026 quando tentará a
reeleição para o Senado e não contará mais com toda a estrutura movida por
Flávio Dino para torná-lo senador, como ocorreu em 2018. Pode sair da campanha
bem menor do que entrou, em caso de fiasco.
É neste clima de incerteza se
haverá o não segundo turno que as campanhas se intensificarão principalmente na
capital e grandes municípios em busca da conquista do que ainda existe de
eleitores indecisos a essa altura. Pelo último levantamento do Escutec, votos
válidos, Carlos Brandão precisaria crescer apenas mais três pontos para vencer
no primeiro turno, mas a concorrência não jogou a toalha e está segura que
haverá segundo turno.
Ao contrário da eleição para
governador, o cenário para o Senado é bem tranquilo. Flávio Dino (PSB), aliado
de Lula, caminha a passos largos para conquistar o mandato com mais do dobro de
intensão de votos do adversário, o senador bolsonarista Roberto Rocha (PTB),
que tenta a reeleição, mas vê o fosso que o separa de Dino aumentar a cada
sondagem.
blogjorgevieira