O Ministério
Público do Maranhão (MP-MA) ajuizou uma Ação Civil Pública
(ACP) pedindo na justiça a interdição parcial da Delegacia de Polícia de
Grajaú, a 580 km de São Luís. A interdição atingiria apenas as
carceragens do prédio da delegacia.
A ACP
solicita ainda que o Estado remova todos os presos custodiados e os que ainda
vierem a ser presos em flagrante, ou por ordem judicial para outras delegacias
próximas ao município de Grajaú.
A ACP
pede também que o Estado realize uma reforma completa nas dependências da
delegacia do município no prazo máximo de 90 dias. Durante a reforma, a
delegacia deverá ter compartimentos separados para reincidentes, primários,
mulheres e de área apropriada para banho de sol e recebimento de visitas pelos
detentos.
Medidas de segurança
O MP pede que sejam observadas durante a reforma da delegacia o emprego das medidas de segurança com o objetivo de evitar possíveis fugas de presos, além da destinação de servidores com treinamento para as funções de carcereiro.
O MP pede que sejam observadas durante a reforma da delegacia o emprego das medidas de segurança com o objetivo de evitar possíveis fugas de presos, além da destinação de servidores com treinamento para as funções de carcereiro.
De
acordo com o promotor de justiça, Weskley Pereira de Moraes, as medidas visam
cumprir às condições exigidas na lei de Execuções Penais.
A Delegacia de Grajaú já havia sido vistoriada tanto pelo Ministério Público quanto pela Vigilância Sanitária. Durante a vistoria dos dois órgãos foi observado que presos provisórios cumprem pena junto com os já condenados e investigadores e escrivães exercem a função de agente penitenciário, o que caracteriza desvio de função.
Outro
problema relatado durante a vistoria foi à situação de insalubridade da
delegacia. No local, há infiltração nas paredes, vasos sanitários sem
descargas, celas sem chuveiros, odor muito forte e presença de insetos no
interior das celas.
G1/MA