A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado da Câmara dos Deputados decidiu que também vai ouvir outros três
delegados de Polícia Civil a respeito do suposto uso do sistema Guardião para
espionagem a desembargadores e políticos de oposição ao governador Flávio Dino
(PCdoB).
Além de Ney
Anderson e Tiago Bardal, também serão ouvidos o secretário de
Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela; o delegado-geral da Polícia
Civil, Leonardo Diniz; e o superintende estadual de Combate à Corrupção,
Roberto Fortes.
O pedido para a
inclusão deles no requerimento do deputado federal Aluísio Mendes (Pode-MA) foi
feito pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), e aprovado pela comissão,
na mesma reunião de quarta-feira 4, após manifestação favorável do parlamentar
maranhense.
Embora de outro
estado e de outra região do Brasil, Teixeira falou em nome do Governo do
Maranhão ao solicitar a inclusão de Jefferson Portela, Leonardo Diniz e Roberto
Fortes para oitiva da comissão.
Ficou acertado, no
entanto, para evitar possíveis tentativas de intimidação de Portela, que a
oitiva dele e dos chefes da Polícia Civil e Seccor será realizada em dia
posterior à audiência com Ney Anderson e Tiago Bardal. As datas ainda não foram
agendadas, mas devem acontecer ainda neste mês.
“O Governo do
Maranhão não tem qualquer problema neste debate. Agora, gostaria que as pessoas
indicadas fossem as pessoas que mais dominam o assunto e que tem condições de
fazer o enfrentamento desse assunto aqui. Portanto, o que se pede aqui é que
esses nomes sejam os nomes a virem a essa comissão, indicados pelo Governo do
Maranhão, para debater esse assunto. O Governo do Maranhão não tem o menor
problema, não se intimida diante desse problema. O Governo do Maranhão é um
governo sério. O governador Flávio Dino é um dos melhores governadores desse
País”, declarou o petista.
Esta pode
ser a primeira manifestação oficial do Palácio dos Leões, ainda que utilizando
um parlamentar de fora do estado, sobre o assunto. Até então, somente Portela,
por meio de nota pessoal que segue sendo divulgada no site institucional da
SSP, havia se posicionado. Ele nega as acusações de espionagem.