O então governador José Reinaldo Tavares criou o
político Flávio Dino Castro, que hoje é o governador do Maranhão no seu segundo
mandato à frente do Palácio dos Leões. Afastados por um período de quase cinco
anos, criador e criatura voltaram a fumar o cachimbo da paz.
O retorno
da velha amizade tem motivo: a eleição do vice-governador Carlos Brandão à
sucessão de Flávio Dino. Tavares é experiente e conhece todas as pedras que
existem no caminho aos Leões. Dino tem a força até abril, mas precisa continuar
como líder até a própria eleição de senador em 2022. Tavares deve ser nomeado a
um cargo já na próxima semana, como informou em primeira mão o Blog do
Neto Ferreira. E pode ser que assuma a Casa Civil, em lugar do sobrinho
Marcelo Tavares, que vai assumir a vaga do conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado, Nonato Lago.
A entrada
do ex-governador em cena parece mais simbólica, mas ninguém descarta que sua experiência
pode ajudar no processo de eleição do amigo Brandão e na eleição de Dino ao
Senado Federal. Porém, o retorno, que nada tem triunfal, parece mais uma
humilhação ao pai que, desamparado e com a caneca nas mãos trêmulas, aceitou a
guarida do filho. Ninguém, mas ninguém mesmo, vai esquecer a traição imposta
por Flávio Dino a quem lhe deu todas as condições para ser hoje a maior
liderança política do Maranhão.