Virou rotina em Grajaú morrer de moto, a cada dia que
passa a cidade se choca com o descontrole de ver os rapazes, jovens e moças
perderem a vida em uma BR que corta a cidade de uma ponta a outra, onde a morte
é inimiga e a falta de segurança contribui para o assassinato.
Falta de segurança porque um projeto de uma BR de
tamanha estrutura é, lesado ao desfalque de sinalização, marcação e indicação,
que possa salvar mais vidas do que matar. O fluxo de veículos, caminhões e
motos aumentou desordenadamente nos últimos anos na cidade de Grajaú e, isso só
veio trazer desenvolvimento à cidade e tragédia para muitas famílias.
O dia a dia de quem precisa trafegar na BR virou
motivos para colocar o pescoço na faca de dois gumes e, perder a vida sem
chegar ao destino programado. Foi o que aconteceu neste final de manhã de
segunda-feira (15), com o jovem Clewdivan Vasconcelos professor que cursava a
universidade, faltando apenas um ano para sua formação completa, o outro jovem
que se chocou com Clewudivan teria sido transportado para Imperatriz apontou os
detalhes, enquanto o professor perdia a vida aos poucos durante o resgate no
local do acidente.
O acidente foi por volta das 12h40min nas
proximidades da antiga guarita da PM próximo à entrada do bairro Trizidela, o
baque foi entre uma moto pop conduzida pelo professor e uma bros guiada pela
outra vítima. Uma ambulância do SAMU foi acionada para socorrer as vítimas, de
acordo com informações Clewdivan teria cortado a perna próximo à virilha
durante o impacto, atingindo uma das veias principais que facilitou a morte do
rapaz.
Amigos e familiares em Grajaú ainda estão chocados
com o ocorrido e lamentam que mais uma vez os indicies acidentais no trânsito
de Grajaú tem aumentado a cada dia e minutos, o corpo do jovem provavelmente
foi conduzido ao Povoado Capitão do Campo, nas margens da BR 226 sentido ao
Povoado Alto Brasil é neste local onde moram seus pais.
OPINIÃO
A pista central é agora traçada de uma cobertura em
forma de graxa, um material piche misturado à brita da camada asfáltica e, com
o desaparecimento das pedras que seguram os pneus, o asfalto ficou com uma
camada lisa que os freios de qualquer veiculo não seguram, dependendo do tipo
de velocidade que o condutor esteja.
Grajaú uma cidade já desenvolvida na região sul do
Estado do Maranhão, conhecida também como região Tocantina, mas, o atraso no
desenvolvimento da trafegabilidade parece que é a nossa marca. Quem viaja para
São Luís após Presidente Dutra, já na região dos Cocais, qualquer povoado nas
margens da BR possuem “Pardais” um tipo de sinalização com câmera fotográficas,
que controla a velocidade de cada veiculo que trafega na pista, evitando assim
acidentes. Em nossa cidade além de não ter estes equipamentos, a sinalização é
inexistente, desde as rotatórias prometidas em 2002, até a falta de quebra-molas
nos locais que existiam e a camada asfáltica rebaixou.
Onde ocorreu o acidente se a lombada ainda fosse
alta, talvez tivessem tido dois condutores machucados, mas, com vida. É a
melhor solução a lombada? Muitos dizem que não, mas, evitaria muito uma
velocidade anormal que viesse causar à morte.
Vários jovens já se foram na BR 226, muitos deles
com imprudência, não é o caso de Clewdivan porque não sabemos se o alto índice de
velocidade levou à morte do rapaz, ninguém viu se ele ou o outro estavam em
velocidade anormal. Mas em Grajaú os jovens usam, abusam, brincam e esbanjam
velocidade quando estão em motos. Nas altas madrugadas três pessoas em apenas
uma moto e bêbados, passam na BR 226 em uma carreira difícil de informar qual a
quilometragem no momento da velocidade, em Pops, em Bros, em titãs e acima de
tudo completamente embriagados e gritando, essas atitudes têm levado muitos ao fundo
da terra e os que ficam, levam o exemplo somente no momento do acontecido, em
seguida esquecem e em poucos dias estão na mira da guilhotina fazendo o mesmo
ato.
Quantos já perderam a vida este ano de acidente na
BR de nossa cidade? Quantos ainda vão perder? O que está sendo feito? Quais as
medidas mais cabíveis para assegurar a consciência e a sobrevivência de nossos
jovens?. Isso é uma resposta que vamos esperar das autoridades.