Três famílias destruídas, a família biológica do
jogador de (19) anos Ronielle Vieira, a família Polari que cuidava do rapaz
durante a carreira no futebol e a família Câmara, parentes de uma criança de
(13) anos, que deixou para trás os estudos, a infância e o futuro, para se
tornar uma peça fundamental do crime de roubos e desobediência familiar, fato
este que faz da maioria das crianças brasileiras, os lideres e comandantes da
marginalidade.
No peito da família Vieira genitora de Ronielle uma
ferida que só o tempo poderá neutralizar, mas não sarar. Na mente dos Polaris a
falta de um membro do corpo que compõe a escola de Futebol Eduardo Nava e no
olhar dos Câmaras o descontrole de um menino que tomou o fôlego dos pais e fez
de si próprio o que bem entende para ser o que é hoje.
Terça-feira (18) de agosto de 2015, 20h40min da
noite, o jovem jogador Ronielle é atacado no bairro Cidade Alta no momento em
que estava com sua namorada. As informações foram de que o rapaz foi abordado
por um menor e assaltado, após o roubo veio a furada no abdômen que tirou a
vida do jogador de futebol.
Em primeiro momento o menor W.C de (13) anos foi apontado
como o autor do crime, mas logo depois de uma investigação que levou pelo menos
quatro jovens à cadeia, foi descartada a participação de W.C no assassinato,
outro adolescente teria sido o autor do fato, mas, o menor também foi envolvido
no esquema de prisão da policia porque ele fazia parte do grupo, que naquela
noite assaltou e matou o jogador.
Depois da apuração dos fatos a justiça pediu a
internação de W.C (13) anos, o motivo, não por ele ter estado com os
adolescentes na noite em que tudo ocorreu, mas sim por ele carregar sobre si
uma mania de roubar e, representar uma ameaça futura para a comunidade grajauense.
Depois da decisão da justiça a criança não foi imediatamente para casa de “recuperação”
por falta de vagas.
Depois dessa sentença durante o momento em que esteve solto
e, prometido que não mais ia para as ruas devido quase ter morrido linchado
pelos moradores no dia seguinte do crime, W.C andou ainda aprontando umas de
suas praticas corriqueiras e só na data de quinta-feira (25) de fevereiro de
2016, saiu a liminar autorizando a transferência de W.C, para a casa de
detenção da cidade de Caxias/MA.
A criança foi levada ao Conselho Tutelar nesta data
citada e por volta do meio dia, o Conselho despachou o menino em direção ao
cumprimento da sentença, é na cidade de Caxias que W.C vai tentar a sua ressocialização
e tentar voltar ao convívio dos grajauense.