Câmeras flagraram a caminhonete dirigida por Nenzin no horário e local do crime


A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da morte do ex-prefeito Manoel Mariano de Sousa, conhecido como "Nenzim". Além disso, ainda não se sabe quem deu o tiro que matou o ex-prefeito de Barra do Corda, localizado a 446 Km de São Luís.
Vídeos de câmeras de seguranças flagraram a caminhonete dirigida por Mariano Júnior na principal Avenida do condomínio onde o ex-prefeito 'Nenzim' foi morto. A hora da filmagem é 07h02 da manhã, que combina com o horário do assassinato. 

Segundo as investigações, Nenzim foi atingido com um tiro de revólver calibre 38 em uma das ruas do condomínio, logo nas primeiras horas da manhã do dia 06 de dezembro. De acordo com as investigações, Manoel Júnior disse que foi ao condomínio se encontrar com um advogado e que não percebeu quando o pai foi atingido.

As informações preliminares também indicam, segundo a Polícia Civil, que após o crime os bancos do carro foram retirados e lavados porque havia uma quantidade de sangue. A caminhonete lavada segue no pátio da delegacia de Barra do Corda. Francisco David Freitas, primo de Manoel Júnior e que teria levado o carro para lavar, segue preso na delegacia de Barra do Corda.

O vaqueiro de uma das fazendas da família, Luzivan Rodrigues da Conceição, também permanece preso na delegacia da cidade. Sobre o furto de gado, o vaqueiro disse em depoimento que apenas cumpria ordens de Manoel Júnior e que não achava que os animais estavam sendo retirados sem a autorização do ex-prefeito, já que era comum Manoel Júnior dar ordens aos funcionários da fazenda. O vaqueiro também disse que, no dia do crime, passou o tempo todo na fazenda reunindo os animais para uma conferência que o ex-prefeito iria fazer no dia que morreu.
O delegado da delegacia de Barra do Corda, Renilton Ferreira, afirma que Mariano Júnior segue como principal suspeito da morte do pai. Renilton explica que desvios de gado da fazenda do pai devem ter motivado o assassinato por parte do filho.

“Até o presente momento , todas as linhas de investigação são no sentido de apontar Mariano Júnior como principal mentor e até o próprio executor desse crime. A motivação é decorrente de desvios consideráveis de gado na fazenda do pai do Júnior, no caso a vítima 'Nenzim'. Nós levantamos em torno de, aproximadamente, o desvio de prováveis 60 a 80 cabeças nos últimos tempos. Então é um valor muito considerável hoje no mercado. Além disso, segundo informações que estão sendo apuradas no inquérito, o Júnior apresenta nesse momento grandes débitos, inclusive junto a agiotas aqui da região. Cerca de 800 mil reais é o que se falam de dívida ainda decorrente do período eleitoral da qual ele estaria sofrendo grandes pressões para quitar essas obrigações junto a esses possíveis agiotas", declarou o delegado.

Porém, apesar das informações iniciais, a Policia ainda não descarta a possibilidade de outra pessoa ter puxado o gatilho, além dos 3 investigados.

“Nós não descartamos a possibilidade nem do David nem do Luzivan ter atuado também de forma direta. Também não descartamos a possibilidade de uma outra pessoa, que não teria sido revelada nos autos no momento, ter feito esse serviço a mando do Júnior na hora da execução", afirmou.

A família de Manoel Mariano disse que aguarda a conclusão das investigações e defende a punição dos culpados. Rigo Telles, filho de "Nenzim", pede que as investigações sejam concluídas, mas que apenas os culpados pelo crime sejam condenados.

“Até o momento o que estou sabendo é que há indícios que o meu irmão está envolvido . Mas até onde eu tomei conhecimento, e ontem conversando com o próprio Secretário, ele me falou que não há conclusões.

Há indícios. Indícios não quer dizer que está concluído nós esperamos que as investigações continuem e que concluam o mais rápido possível porque se você errou tem que pagar pelo erro. Mas às vezes também não se pode ser sacrificado se não errou. Então eu, no momento, estou aguardando. A família está aguardando. É mais um episodio dramático porque até agora as investigações ainda não foram concluídas", declarou Rigo Telles.



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