Dono de Lava
Jato e ex-morador do Barramar, Leonel Silva Pires Júnior, vem sendo investigado
desde 2016 quando iniciou os primeiros golpes pela internet para ganhar
dinheiro de forma perigosa. Agora, entre julho de 2017 a julho de 2018, ele
liderou cinco comparsas que aplicaram os golpes em sete deputados maranhenses.
Só com Adriano Sarney, filho do deputado federal Sarney Filho, Leonel embolsou
R$ 70 mil. Ele foi preso hoje de manhã numa operação da SEIC e PF.
Bastante conhecido nas baladas da
capital, Leonel já namorou belas jovens da alta sociedade e ultimamente só
morava em condomínios de alto padrão. Os negócios (golpes) estavam rendando um
bom dinheiro e geralmente variavam entre R$ 10 a R$ 70 mil cada. Dos sete
deputados sondados, apenas um escapou.
O líder
do governo, deputado Rogério Cafeteira, foi mais esperto. Do outro lado do
aparelho, pelo WhatsApp, um colega seu de parlamento lhe pediu emprestado R$ 10
mil por causa do limite excedido e que desejava pagar uma conta no valor do
dinheiro solicitado.
Solícito, Cafeteira não se recusou em ajudar ao
colega. Disse que faria a transferência, mas depois perguntou onde o
parlamentar estava, que iria deixar o dinheiro em espécie no local. Na verdade,
o falso parlamentar que havia clonado o aparelho do verdadeiro deputado,
acertou que esperaria, mas que a transferência seria melhor. Cafeteira foi, mas
o golpista não esperou.
Hoje, a SEIC a PF prenderam o grupo, incluindo o líder
Leonel, que estava no condomínio Ilhas Gregas, no Olho D’Água, para onde havia
mudado recentemente.
A ação
da PF aconteceu simultaneamente no Maranhão, Mato Grosso do Sul e Brasília.
Três ministros também tiveram os celulares clonados e caíram no golpe.
Agora, no período da tarde, Leonel e seu grupo serão inquiridos na sede
da PF por delegados federais e da SEIC. Falarão sobre os golpes e suas vítimas.
Em seguida serão levados para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.