Cinco pessoas suspeitas
de envolvimento na morte do indígena Erisvan Guajajara, de 15 anos, assassinado a golpes de faca durante
uma festa na sexta-feira (13), no município de Amarante do Maranhão,
localizado a 687 km de São Luís. Além do jovem, o não indígena José Roberto do
Nascimento Silva, de 23 anos, também foi morto.
As investigações estão sendo realizadas pela Delegacia
Regional de Imperatriz, já que não há delegado em Amarante do Maranhão. Para a
Polícia Militar, a principal suspeita é que o indígena e o homem tenham sido
mortos por envolvimento com roubos e tráfico de drogas na região.
“Nós
temos histórico de envolvimento do dois, tanto o indígena, quanto o não
indígena em situação de roubo e furto de celulares e envolvimento com o tráfico
de drogas. Estamos com a Polícia Civil buscando com os nossos serviços de inteligência
mais informações no sentido de resolver essa questão e dar reposta a essa
comunidade de Amarante”, explica o coronel Jorge Araújo, comandante do 34º
Batalhão de Polícia Militar de Amarante do Maranhão.
De
acordo com um dos irmãos do jovem indígena, ele havia saído há 25 dias da Terra
Indígena Araribóia, localizada a 20 km do centro de Amarante. Os corpos de
Erisvan e de José Roberto foram encontrados em um terreno baldio próximo a um
campo de futebol. A família do índio pede justiça.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) disse que está acompanhando
o caso e se colocou à disposição para ajudar no que for possível. O Conselho
Indigenista Missionário (Cimi) afirmou que, até o momento não encontrou
elementos de crime de ódio ou por disputa de terras.
Os corpos de Erisvan Guajajara e José Roberto Nascimento
foram liberados pelo Instituto Médico Legal de Imperatriz (IML) na noite dessa
sexta (13) após passarem por exames.