O Banco do Brasil anunciou que vai encerrar as agências do Cohatrac e Reviver (Praia Grande), em São Luís, assim como de Caxias, Bacabal, Imperatriz e outras. O anúncio foi feito na última segunda-feira (11), e faz parte de uma nova reestruturação, que visa o desligamento de 5.000 mil funcionários, via programa de demissão voluntária, além do fechamento de mais de 500 agências e postos de atendimento em todo o Brasil.
Para o Sindicato dos Bancários no
Maranhão, essa medida visa enfraquecer o Banco do Brasil, a fim de privatizá-lo
num futuro próximo, o que beneficiará os bancos privados, como o Bradesco, o
Itaú e o Santander, instituições que só buscam o lucro pelo lucro, sem se
importar com as necessidades sociais da população brasileira.
Maranhão
No Maranhão, essa reestruturação
ocasionará efeitos extremamente negativos, como o encerramento das atividades
das agências Cohatrac e Reviver, em São Luís, além das unidades de Caxias,
Bacabal, Imperatriz, dentre outras.
O banco justifica esse ataque
alegando “excesso de funcionários” e a “necessidade de investimentos em
serviços digitais” em detrimento do atendimento presencial.
Para o diretor do SEEB-MA,
Dielson Rodrigues, “essa é uma desculpa sem sentido. Na verdade, o
Governo Bolsonaro está enxugando a estrutura do BB para vendê-lo à iniciativa
privada, pois o presidente está do lado dos banqueiros e dos empresários, não
do povo. Em nosso Estado, o número de bancários nas agências já é reduzido, o
que piorará com esse novo programa de demissão, sobrecarregando a categoria e
precarizando, ainda mais, o atendimento aos clientes mais humildes, que
sofrerão com filas maiores. Para se ter ideia, nas cidades de Carutapera e
Santa Helena, só há dois funcionários atendendo toda a população, o que é um
absurdo. Como ficarão os bancários, os clientes e os usuários dessas agências
com essa nova reestruturação? Precisamos barrar esse ataque” –
exclamou.
Na visão do Sindicato, no
Maranhão, é inviável investir nos meios digitais como única forma de
atendimento ao público, pois grande parte da população sequer tem acesso à
internet.
“Além disso, em meio a pandemia,
o atendimento presencial se mostrou importantíssimo, vide o pagamento do
auxílio emergencial e o esclarecimento de dúvidas nos bancos públicos. O que o
Banco do Brasil precisa é de novas agências, mais contratações e novos
concursos para melhor servir ao povo brasileiro, para prestar um serviço
adequado e de qualidade, atitude que os bancos privados nunca terão, pois só
pensam no lucro. Para isso, precisamos lutar contra os ataques de Bolsonaro e,
sobretudo, em defesa da coisa pública, das estatais, do SUS, da Caixa e do BB” – finalizou o presidente do
SEEB-MA, Eloy Natan.