A Câmara Municipal de Grajaú, no Maranhão, viveu um momento de tensão e manifestações nesta quarta-feira (7), durante a posse do suplente de vereador Arão Marizê Guajajara. A cerimônia foi marcada por debates sobre a legalidade da substituição e protestos simbólicos de apoio ao novo parlamentar.
Arão
assume temporariamente a vaga de Flávio Henrique, vereador eleito pela base do
prefeito Gilson, que anunciou seu afastamento da Casa por um período de 45 dias
para tratar de problemas de saúde. Segundo Flávio, a decisão foi motivada por
recomendações médicas que exigem repouso.
Contudo,
a posse de Arão não ocorreu sem controvérsias. Na véspera, terça-feira (6), a
presidência da Câmara alegou que o regimento interno só permite a convocação de
suplente em casos de licença superior a 100 dias. Diante do impasse, o
presidente da Casa, Elielson, informou que consultaria o setor jurídico para
reavaliar a situação.
Mesmo com
as dúvidas, a posse foi realizada nesta quarta-feira. Um grupo de indígenas
participou do momento com cantos e rituais tradicionais em apoio a Arão, que é
indígena da etnia Guajajara. A cerimônia contou ainda com a atuação de um
advogado, que garantiu respaldo jurídico para que o suplente pudesse assumir o
cargo.
Após a
oficialização da posse, Arão Marizê Guajajara fez seu primeiro discurso na
tribuna, destacando o simbolismo do momento para os povos indígenas da região.
Ele permanecerá no cargo enquanto durar a licença de Flávio Henrique.