O cacique relatou que, no dia 12 de maio de 2025, quatro pessoas em um carro e um tratorista, conduzindo uma pá-carregadeira, invadiram uma área próxima à aldeia Santa Maria. Essa região, segundo ele, está em disputa há 55 anos e ainda não foi demarcada oficialmente.
O líder indígena
afirmou que já esteve na sede da Funai, em Brasília, para tratar da demarcação,
mas, até o momento, nenhuma providência foi tomada. Ainda segundo o relato, os
invasores estariam agindo a mando de um homem, morador do bairro Quem-Dera, em
Grajaú (MA), retirando madeira, desmatando e destruindo piaçabas utilizadas
pelos indígenas na construção de casas.
O cacique também apontou o filho do homem e
residente na localidade Nazaré-Quati, como um dos mandantes. Além disso,
informou que sua casa, que estava em construção na aldeia, foi incendiada pelos
invasores, que estariam desmatando ilegalmente a beira do rio Mearim e
derrubando áreas de floresta.
Os agressores teriam afirmado que compraram a
terra de dois vendedores, da Associação de Moradores do bairro Vila Nova, em
Grajaú. No local também haveria pedras preciosas do tipo cristal, o que teria
motivado a abertura de uma estrada clandestina na chapada próxima à aldeia,
para exploração ilegal.
Nova ameaça grave
O cacique informou ainda que, no dia 10 de agosto
de 2025, os invasores retornaram à aldeia Santa Maria armados com três
espingardas calibre 12, uma pistola e uma arma AR-20, com a intenção de atacar
e matar o cacique e toda a comunidade. Segundo ele, os invasores montaram
acampamento próximo à aldeia.