Teve início às 14 horas desta sexta-feira (14) de dezembro de 2018, o julgamento de Pedro Queiroz
Gonçalves, denunciado por matar a ex-esposa Darc Raab de Souza e o
cunhado, Abner Calebe de Souza no dia 4 de outubro de 2017.
Estiveram presentes familiares das vítimas como mãe,
pai e avó. A irmã de Darc e Abner, Damaris Nascimento, foi vítima de
tentativa de homicídio no dia do crime e esteve no julgamento sendo ouvida pelo
juiz, em um momento marcado por muita emoção.
O réu confesso Pedro Queiroz Gonçalves começou a depor
em seu julgamento. Antes disso, Dr Melchiades Forte leu o histórico do
processo.
A
família das vítimas, que havia saído da sala para conversar com o advogado de
defesa após a fala de Damaris, retornou ao local para ouvir o depoimento de
Pedro.
Pedro Queiroz afirma que não levou a faca para o local
do crime com intenção de ferir alguém. "Eu saí do meu apartamento com a
intenção de conversar, não sei ao certo o que me deu na cabeça de voltar e
pegar essa faca para poder ir com ela. Imagino que era pra poder dar uma
pressão nela (Darc Raabe), para dar um basta, para ela não me procurar, me
deixar em paz e ir viver a vida dela e eu a minha" disse.
O advogado de defesa de Pedro, Hermerson Costa,
afirmou, durante suas alegações, que hoje o réu está arrependido do que fez, ao
contrário do que foi dito para a equipe de reportagem da NTV momentos após o
crime.
Ainda
segundo o advogado, Pedro possui algum tipo de distúrbio, como insanidade
mental, o que poderia ter contribuído para a prática dos homicídios.
Durante o julgamento, a jovem Damaris Nascimento, que
também foi vítima de Pedro, concedeu entrevista à imprensa e disse que espera
que a justiça seja feita. "Independente do tamanho da pena, desejamos que
a justiça seja feita para o nosso bem e para o bem dele, porque ele precisa
pagar pelo que ele fez" disse.
Damaris
também destacou a importância da fé para a família. "Deus tem sido o nosso
refúgio, o nosso consolo e, independente da tempestade que nos sobreveio, a
gente segue bem" afirmou a jovem.
No final do julgamento Pedro foi condenado pela
justiça há 44 anos de prisão pelos crimes dos dois irmão e a tentativa de matar a terceira vitima.