Ex secretário de segurança Jefferson Portela é considerado TRAIDOR pela Polícia Civil
Ao ler suas últimas
postagens dedicadas ao maior traidor da categoria Polícia Civil, fica muito
claro como esses dois nomes – “Jefferson Portela” e “traidor” – parecem tão
harmonizados pelo sentido que ambos representam.
Filho
da Polícia Civil do Estado do Maranhão, Portela nasceu para o público ao
ingressar na nossa instituição Polícia Civil, onde alcançou projeção ao se
tornar presidente da ADEPOL (Associação dos Delegados), Delegado Geral e
Secretário de Segurança Pública, todos sob a promessa de defender a Polícia
Civil, instituição da qual (infelizmente) ainda faz parte. Ocorre que, se trair
é enganar alguém, faltando com o compromisso firmado, Jefferson Portela
conseguiu, como ninguém, encarnar o papel de traidor, ao enveredar na vida
pública.
Enquanto
Delegado Geral, num cargo de confiança, não teve qualquer traço de ética e
pudor ao atacar quem nele confiou, motivo pelo qual acabou sendo escorraçado do
cargo que ocupava, após discursar publicamente contra sua chefa, Eurídice
Vidigal, então Secretária de Segurança do Governo Jackson Lago. Se realmente
tinha algo de errado, tinha que denunciar, mas, se não fosse tão agarrado ao
poder, agiria com ética e entregaria o cargo, antes de quaisquer denúncias.
Como
Representante Classista, à frente da ADEPOL, lutou por direitos, participou de
movimentos grevistas, carregou cartazes pelas passeatas reivindicando aumento
de salário, atacou governos… Sim, o homem foi um “sindicalista” bastante ativo.
Contudo, a julgar pelo que revelou à frente da Secretaria de Segurança, seu
viés classista, muito provavelmente, não passou de uma farsa para chegar ao
poder. O que para ele parecia tão caro, enquanto esteve à frente da ADEPOL,
mostrou-se completamente descartável quando ele finalmente chegou ao seu posto
maior: Secretário de Segurança Pública. E aqui sim, o nosso famigerado
personagem atingiu com maestria, de forma isolada, o papel de TRAIDOR.
Ainda
como pré-candidato às Eleições em 2014, Flávio Dino, foi levado por Portela ao
SINPOL- MA, Sindicato dos Policiais Civis, onde lá tomaram o famigerado
“cafezinho com beiju”, que hoje tanto amarga aos policiais civis, diante de
tantas promessas ali feitas e até hoje nunca cumpridas. Sim, esse café com
beiju traz lembranças extremamente amargas à categoria, isto porque, como
Portela ainda sustentava sua persona de defensor dos direitos dos policiais,
todos acreditaram que a mudança estava por vir. E de fato veio, mas veio da
pior forma possível, como nunca tinha acontecido em toda a história de nossa
instituição.
Jefferson
Portela simplesmente rasgou sua história, deixando cair a sua própria mascara
ao passar a perseguir policiais civis (delegados, investigadores, escrivães,
peritos, administrativos…), autuou intensamente para retirar históricos
direitos dos policiais civis conquistados a duras penas; tomou uma das sedes da
ADEPOL, instituição que presidiu e que o projetara, muita INGRATIDÃO e também
um ato de TRAIÇÃO; acabou com o concurso de remoção interna, simplesmente para
ter poder absoluto nas remoções de policiais, para poder perseguir seus
desafetos; tirou os representantes classistas do Conselho de Polícia,
simplesmente para poder punir desvairadamente sem qualquer obstáculo, inclusive
com demissões injustas de policiais; mudou o Estatuto da Polícia Civil sem
ouvir o Conselho de Polícia, como manda a lei; promoveu a divisão dentro da Polícia
Civil, pagando hora-extra apenas para alguns privilegiados, mesmo quando todos
tinham direito, além de pagar diárias a diversos funcionários administrativos
de sua confiança (está tudo lá no portal da transparência); fechou o Centro de
Custódia localizado na área da Delegacia da Cidade Operária-DECOP, que
custodiava policiais civis para cumprimento de penas provisórias e os mandou
para cumprirem pena em Pedrinhas, ao lado dos presos comuns, desrespeitando
toda legislação existente; e mesmo com a Justiça determinando que o referido
presídio votasse a funcionar, a decisão foi ignorada pelo então todo poderoso,
ditador e dono de toda a verdade – Jeferson Portela; interferiu diretamente na
eleição do sindicato dos policiais civis, montando uma chapa liderada por
ocupantes de cargo de sua inteira confiança, subordinados diretamente a ele,
mantendo seus olhos e mãos sobre toda a sofrida classe policial civil; e, o que
mais amarga à categoria, aumentou o fosso salarial que existe entre delegados e
demais membros da policia civil, ao conseguir o maior reajuste salarial já
visto nesse Estado unicamente aos delegados (ou seja, para si mesmo, aumentando
o próprio salário), e passou a enganar a categoria, sem qualquer pudor,
deixando os policiais Civis na míngua, sem receber nem mesmo os reajustes
inflacionários previstos na Constituição; e, além de não dar a necessária e
prometida valorização, em toda gestão de Jefferson Portela, passou-se a
dificultar e atrasar as progressões dos policiais, contrariando (novamente) a lei
(algo que nunca tinha acontecido antes). Por essas e outras, Portela é visto
pelos Policiais Civis, não apenas como um grande traidor, mas como pior
Secretário de Segurança Pública que esse Estado já teve.
Enfim,
peço desculpas pelo meu desabafo e também pelo anonimato que aqui se firma.
Contudo, como o amigo mesmo já disse, Jefferson Portela ainda possui tentáculos
no Governo, na Secretaria de Segurança e também, no Sindicato dos Policiais
Civis, e certamente os usaria para atacar e perseguir este sofrido policial
civil que, como simples cidadão, sem nenhuma guarida, mostra aqui a indignação,
que não é somente minha, mas de quase a totalidade dos policiais civis, diante
do caótico cenário de traição e INsegurança pública deixados pelo maior traidor
da Polícia Civil do Estado do Maranhão, o senhor Ex-Secretário de Segurança
Pública, Jeferson Portela.
Blog do Domingos Costas