A Justiça converteu de
temporária para preventiva a prisão da policial militar Sabrinna de Sousa
Silva, que efetuou um tiro fatal nas costas de Marcos Vinicius, de 20 anos,
durante uma perseguição, por ele estar empinando uma moto nas ruas de
Governador Edison Lobão, a cerca de 490 km de São Luís.
O caso aconteceu no dia 25 de fevereiro e dias
depois a PM foi presa, em Imperatriz, por suspeita de homicídio. A prisão era
temporária, portanto, ela poderia ser solta com o fim do prazo estipulado.
Agora, com a conversão para preventiva, Sabrinna só será solta com uma decisão
de revogação da prisão.
A decisão é da 2ª Vara Criminal de Imperatriz e
destaca que o prisão preventiva é motivada pela necessidade de garantia de
ordem pública “diante da periculosidade demonstrada pela ação da policial, que
foi revestida de extrema violência”.
Ainda de acordo com a decisão, não havia motivo
para a perseguição policial, já que não há provas, relatos de testemunhas, ou
da própria acusada, de que a vítima tivesse em posse de objetos que pudessem
levantar suspeitas para a abordagem policial da forma como foi feita.
Ao g1, a defesa da PM Sabrinna afirmou que
respeita a decisão judicial de prisão preventiva sem, no entanto, concordar.
Isso, porque “inexiste fundamento para tanto, na medida em que a reprodução
simulada (perícia técnica) demonstrou a total ausência de animus necandi
(intenção de matar)”, e que foi a própria defesa que solicitou a aludida prova
técnica.
A defesa da policial disse ainda que confia na
justiça e o tempo revelará todas as circunstâncias do fato e “a verdade
prevalecerá”.
Fonte: G1 Maranhão