A denúncia,
apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Josimar
Maranhãozinho (PL-MA) era o líder do grupo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus dois
deputados e um suplente do PL, partido de Jair Bolsonaro, por corrupção passiva e organização
criminosa, informou o jornalista Fabio Serapião, do portal Metrópoles, neste
sábado (8).
O julgamento ocorre na Primeira Turma do STF, em plenário virtual, com votos favoráveis
já registrados dos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Cármen
Lúcia. Também fazem parte da Primeira Turma os ministros Luiz Fux e Flávio
Dino. Eles deve registrar seus votos até 11 de março.
“Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da
investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para
solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem
indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, diz
trecho do voto do ministro-relator, Zanin.
A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR), aponta que Josimar Maranhãozinho (PL-MA), líder do grupo, Pastor Gil
(PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) solicitaram propina de R$ 1,6 milhão ao prefeito
de São José do Ribamar (MA) para liberar R$ 6,6 milhões em emendas
parlamentares a serem destinadas à saúde pública.
Segundo o 237, a PGR afirma que Maranhãozinho liderava um esquema
de desvio de recursos e chegou a ser flagrado com maços de dinheiro em outra
investigação.
A investigação começou em novembro de 2020. Além dos
parlamentares, o grupo contava com a participação de lobistas e de um agiota.
Maranhãozinho, em outra apuração, chegou a ser flagrad O esquema operava da seguinte maneira: agiotas realizavam empréstimos
a parlamentares, que, em troca, indicavam emendas orçamentárias para
prefeituras. Posteriormente, os agiotas cobravam dos prefeitos o reembolso dos
valores emprestados, fechando assim o ciclo de desvio de recursos públicos.o
com maços de dinheiro, segundo a PGR.