O presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, informou neste sábado (21) que o país atacou
três instalações nucleares iranianas. O Irã confirmou os ataques.
A entrada dos EUA na guerra acontece após uma semana de combates
aéreos entre Israel e Irã.
Nos últimos dias, Israel já tinha anunciado uma
operação para destruir alvos nucleares iranianos. O Irã retaliou com mísseis
contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
Veja abaixo o que se sabe até agora:
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Trump
confirmou os três ataques às 20h50 (horário
de Brasília): "Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais
nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", afirmou em sua rede
social
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Ele
parabenizou os militares americanos: "Não há outro exército no mundo que
pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz"
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"Fordow, se
foi": Trump declarou às 21h13 que a principal instalação
nuclear do Irã tinha sido destruída após o bombardeio
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Autoridades
iranianas confirmaram que Fordow foi alvo de "bombardeiros aéreos
inimigos" e que Esfahan e Natanz também foram atacadas
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Impacto da entrada dos EUA no conflito
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Trump já
tinha indicado que os EUA, que apoiam Israel, poderiam se envolver diretamente
no conflito. Em fevereiro, ele retomou a política de "pressão máxima"
contra o Irã, tentando forçar o país a negociar um novo acordo que impedisse o
desenvolvimento de armas nucleares.
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Na
terça-feira (17), Trump usou a palavra "nós", em provável referência
à aliança dos EUA com Israel, para afirmar que "já tinha o controle do céu
do Irã".
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Ele
também disse que sabia onde o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, estaria escondido
e escreveu que não o mataria “por enquanto”, mas que a paciência estava
chegando ao fim.
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Na
quinta-feira (19), Trump afirmou que levaria até duas semanas para tomar uma decisão sobre
a entrada dos EUA no conflito entre Israel e Irã.
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Especialistas
ouvidos em reportagem publicada pelo g1 na última quarta-feira (18) apontaram
que a entrada dos EUA no conflito pode expor ainda mais as fragilidades
internas do Irã.
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"O
que a gente observa que os Estados Unidos são os únicos atores competentes que
teriam o poder num contexto mundial para neutralizar o programa nuclear
iraniano, já que possuem artilharia para tanto, diferentemente de Israel",
disse Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional.