Trump sinaliza acordo com o Brasil, mas Eduardo Bolsonaro boicota encontro

 


Brasília e Washington — Após a União Europeia aprovar um pacote bilionário de tarifas contra os Estados Unidos, o governo americano passou a buscar alternativas comerciais e sinalizou interesse em firmar um acordo com o Brasil, especialmente no setor de mineração.

A proposta previa a recepção de uma delegação brasileira na Casa Branca para discutir os termos da parceria. No entanto, o encontro foi boicotado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teria se posicionado contra a participação de representantes do governo brasileiro nas negociações.



Segundo informações de bastidores, Eduardo afirmou que "não permitirá que outros interlocutores do Brasil sejam recebidos na Casa Branca", indicando que apenas aliados políticos alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro deveriam representar o país nos Estados Unidos. A articulação, segundo fontes, envolve ainda Paulo Figueiredo, comentarista e aliado da família Bolsonaro, que mantém interlocução direta com Donald Trump.



A postura de Eduardo Bolsonaro pode ter impacto direto no setor do agronegócio brasileiro. Especialistas estimam que o Brasil poderá perder até US$ 5,8 bilhões por ano em exportações, além da possibilidade de eliminação de 110 mil empregos, caso o acordo com os Estados Unidos não avance e as tarifas europeias sejam mantidas.

Em entrevista à imprensa americana, um especialista em relações internacionais afirmou que o Brasil poderia, em tese, solicitar a prisão de Eduardo Bolsonaro via Interpol, sob acusação de prejudicar interesses estratégicos do país. "Se um americano agisse da mesma forma contra os Estados Unidos, o país não descansaria até que o responsável fosse preso", declarou o analista político.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, afirmou que não recuará. "Podem prender meu pai, fazerem o que quiserem. Não

haverá recuo", declarou o deputado.

O governo federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.

 








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