A deputada federal
Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira em Roma, na Itália, após
passar semanas foragida. Segundo o Ministério da Justiça, ela foi condenada a
10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ), decisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no
dia 5 de junho.
Desde então, Zambelli constava na lista de
procurados da Interpol. Ela foi localizada em um apartamento na capital
italiana, onde estava acompanhada do pai. De acordo com informações apuradas
pelo portal UOL, a prisão foi possível graças à denúncia feita por um deputado
italiano, cujo nome é Ângelo Bonelli.
Em entrevista à imprensa italiana, o parlamentar
afirmou:
"Informei à Polícia Nacional Italiana sobre o
endereço onde ela estava. Depois, comuniquei à chefia da polícia. Fiz uma
interpelação porque, ao ouvir Carla Zambelli dizer que tinha cidadania italiana
e que estava intocável, pensei: não é possível que alguém fale assim
impunemente."
No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados,
Hugo Motta, se pronunciou:
"Tomei conhecimento da prisão da deputada
Carla Zambelli pela imprensa. Consultei o ministro da Justiça, Ricardo
Lewandowski, que me repassou informações preliminares. Aguardamos a
manifestação oficial do Ministério da Justiça e do governo italiano."
Hugo Motta ainda destacou que a Câmara já está
adotando as providências cabíveis por meio de uma representação que tramita no
Conselho de Constituição e Justiça da Casa, respeitando o regimento interno e a
Constituição Federal:
"Cabe à Câmara deliberar apenas sobre a perda
de mandato, não sobre a prisão em si", concluiu o presidente.