Trump tenta interferir em assuntos internos do Brasil e recebe resposta dura da PGR

 


Brasília — O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se envolver em temas da política brasileira, gerando reações contundentes por parte das autoridades nacionais. Após anunciar possíveis sanções contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em razão das investigações que envolvem Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República reagiu com firmeza, solicitando a prisão do ex-presidente brasileiro.
Segundo fontes ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à PGR, o Brasil não aceitará pressões externas que ameacem sua soberania. "Não cabe a um ex-presidente de outro país ditar regras sobre o funcionamento das instituições democráticas brasileiras", afirmou um ministro do STF sob condição de anonimato.


A postura de Trump ecoa a de outras figuras conservadoras dos Estados Unidos. Em fevereiro, o senador americano Shane Jett também tentou pressionar Gonet, cobrando explicações sobre o trabalho do Ministério Público Federal. Sem obter resposta, a tentativa caiu no esquecimento.


Embora Trump tenha dito não manter laços estreitos com Bolsonaro, chegou a declarar que o ex-presidente brasileiro é “um bom sujeito” e criticou as investigações em andamento, ameaçando medidas de retaliação. A resposta da PGR, no entanto, foi clara: a solicitação da prisão de Bolsonaro foi vista como um recado direto a Trump, reforçando que o Brasil é uma nação soberana e guiada por seu povo, e não por interesses estrangeiros.


Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, tem mantido conversas com representantes conservadores em Washington e, segundo críticos, age contra os interesses do Brasil ao fomentar esse tipo de articulação internacional.
O governo brasileiro reiterou que não aceitará ingerência externa e reforçou seu compromisso em buscar novos parceiros comerciais fora do eixo tradicional, caso necessário. Já Trump, segundo analistas políticos, vem atuando como um ator deslocado em cena, tentando protagonizar uma narrativa que não lhe pertence — sem público, sem palco e, cada vez mais, isolado.

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