Prefeito maranhense diz que atrasos de salários é culpa de tarifaço de Trump

 


O prefeito de Pedro do Rosário, Toca Serra, do PCdoB, adiou o pagamento de direitos trabalhistas de professores do município alegando que a causa seria o aumento de tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros. Segundo ele, a medida de 50% sobre exportações teria impacto na arrecadação federal e, consequentemente, nos repasses ao município, afetando a capacidade de pagamento da administração local.

Em comunicado enviado ao sindicato da categoria, Toca Serra apresentou o que chamou de “efeito dominó”: a tarifa norte-americana reduziria as exportações, provocaria queda na arrecadação da União e diminuiria os recursos destinados a Pedro do Rosário. No entanto, o prefeito não especificou quais produtos do município estariam envolvidos nesse cenário, o que gerou questionamentos sobre a relação direta entre a política externa dos Estados Unidos e as finanças municipais.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pedro do Rosário (SINTASPMPR) classificou a justificativa como absurda e ofensiva à inteligência dos servidores, afirmando que a prefeitura já acumulava atrasos no pagamento de benefícios como quinquênios e promoções. A entidade considerou a explicação uma tentativa de desviar o foco do problema e cobrou medidas concretas para quitar as pendências.

Enquanto isso, cresce a insatisfação entre os servidores, que afirmam não poder depender de fatores externos para receber seus salários. A demora no pagamento também afeta o comércio do município, já que parte significativa da renda da cidade vem dos vencimentos dos funcionários públicos. A expectativa é que o prefeito apresente uma solução para categoria.

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