A crise política em
Grajaú ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (15). O deputado estadual
Othelino Neto (PCdoB) classificou a ruptura política no município como uma
“punhalada”. A declaração gerou reação imediata do prefeito Gilson Bonfim
(PSD), que rebateu as críticas durante entrevista a uma rádio local.
Na resposta, Gilson acusou Othelino de tentar
usá-lo para atacar o governador Carlos Brandão (PSB). “Quando as coisas vão
acontecendo, os canalhas sempre se unem”, disse o prefeito.
Bonfim ainda afirmou que o deputado não teria
legitimidade para falar sobre lealdade política. “Não teria ninguém naquela
Assembleia para dar mais exemplo de traição do que o próprio Othelino Neto”,
declarou.
O prefeito citou dois episódios que, segundo ele,
caracterizariam “traições” do parlamentar. O primeiro teria ocorrido durante a
campanha ao governo do Estado, quando Othelino, antes aliado de Weverton Rocha
(PDT), passou a apoiar Brandão. Gilson afirmou que a mudança de lado político
teria sido motivada pela negociação de uma vaga de suplente no Senado para a
esposa do deputado.
“Qual é o nome disso? Se não é traição, é
infidelidade partidária”, disparou.
O segundo caso citado por Gilson foi o processo
movido contra a deputada Adelina Soares por infidelidade partidária, após ela
trocar o PTB pelo Solidariedade. “É crime. Qual o nome disso? Traição”,
concluiu.
A troca de acusações públicas eleva o tom da
disputa política em Grajaú e expõe a tensão entre aliados e ex-aliados na cena
estadual.