A Câmara dos Deputados viveu um dos episódios mais tensos do ano. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força pela Polícia Legislativa após ocupar, por quase uma hora, a cadeira da presidência da Casa — um ato de protesto que paralisou o plenário e provocou forte reação do comando da Câmara.
📌 O que aconteceu
Glauber subiu à Mesa Diretora, sentou-se na cadeira do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e se recusou a sair.
“Que me arranquem desta cadeira e me tirem do plenário”, afirmou antes da ação policial.
Deputados da esquerda tentaram impedir a retirada — entre eles Alencar Santana (PT-SP), Samia Bomfim (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) — mas foram contidos pelos agentes. Vídeos obtidos pelo UOL mostram Glauber sendo carregado pelos seguranças.
Durante a ação:
• A TV Câmara teve a transmissão interrompida,
• Jornalistas foram retirados do local,
• E a sessão ficou completamente paralisada.
📌 O motivo do protesto
Glauber acusou Hugo Motta de agir com dois pesos e duas medidas. Ele se referia à ocupação feita por deputados da direita em agosto, quando ficaram 45 horas na Mesa, impedindo o funcionamento da Casa.
“Pedi 1% do tratamento dado aos deputados que sequestraram a Mesa por dois dias. Ali, sobrou diálogo. Ninguém cogitou chamar a polícia. Hoje, a resposta foi violência”, disse Glauber em coletiva.